Como foi o ano de 2017 para a OKBR?

29 dez de 2017, por OKBR

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Para nós, da Open Knowledge Brasil (OKBR), o ano de 2017 contou com diversas parcerias, apoios e participações em eventos, realização de projetos e campanhas de mobilização. Separamos algumas dessas ações para você conhecer. Além disso, uma boa novidade para a equipe: a jornalista Natália Mazotte, que já liderava o programa da Escola de Dados no Brasil, virou codiretora da OKBR com Ariel Kogan, nomeado em julho de 2016 como diretor-executivo da organização.

Mobilização

No início do ano, nós, da OKBR, e diversas organizações lançamos o Manifesto para Identificação Digital no Brasil. O objetivo do Manifesto é ser uma ferramenta para a sociedade se posicionar em relação à privacidade e à segurança de dados pessoais dos cidadãos; e tornar a identificação digital uma ação segura, justa e transparente.

Acompanhamos um dos principais desafios na cidade de São Paulo e contribuímos na mobilização para isso. Nós e outras organizações da sociedade cobramos a transparência da Prefeitura de São Paulo em relação à área de mobilidade. O motivo: na quarta-feira, 25/01, primeiro dia do retorno aos limites maiores de velocidade nas Marginais Pinheiros e Tietê, identificamos que várias notícias sobre a queda nos acidentes de trânsito vinculados à política de redução da velocidade nas vias da cidade saíram do ar no site da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Durante alguns meses, realizamos uma série de webinários chamada OKBR Webinar Series sobre conhecimento aberto pelo mundo. Contamos com a participação dos seguintes especialistas: Bart Van Leeuwen, empreendedor; Paola Villarreal, Fellow do Berkman Klein Center, programadora/data scientist; Fernanda Campagnucci, jornalista e analista de políticas públicas e Rufus Pollock, fundador da Open Knowledge International.

Participamos de uma importante vitória da sociedade! Com o Movimento pela Transparência Partidária, realizamos uma mobilização contra a proposta do relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), sobre doações ocultas de campanha e o resultado foi muito positivo. Envolvidos nessa causa, nós, da Open Knowledge Brasil (OKBR), e diversas organizações e movimentos participamos da iniciativa contra as doações ocultas, divulgamos e distribuímos uma nota pública. A repercussão foi grande e, como consequência, o relator anunciou a retirada das doações secretas.

Participamos também, em parceria com o AppCívico, o Instituto Update, o Instituto Tecnologia e Equidade e outras organizações da sociedade civil do lançamento da carta #NãoValeTudo. A iniciativa é um esforço coletivo para discutir o que vale e o que não vale no uso da tecnologia para fins eleitorais.

Projetos

Realizamos dois ciclos do Gastos Abertos. O primeiro começou em janeiro e participaram 150 municípios. Em julho, publicamos o relatório do ciclo 1. Em agosto, iniciamos as inscrições para o segundo ciclo do jogo com uma novidade: o Guaxi, um robô que foi o assistente digital dos participantes. Ele é um esperto guaxinim desenvolvido com inovadora tecnologia chatbot – que simula uma interação humana com os usuários. Ele facilitou a jornada pela página do Gastos Abertos no Facebook. Confira o relatório parcial do ciclo 2.

Nós e a Diretoria de Análise de Políticas Públicas da FGV/DAPP lançamos as edições brasileiras do Open Data Index (ODI). Ao todo, foram construídos três levantamentos para o país: Open Data Index (ODI) Brasil, no nível nacional, e ODI São Paulo e ODI Rio de Janeiro, no nível municipal. Meses depois, finalizamos a enquete “Você quer construir o Índice de Dados Abertos da sua cidade?” e o resultado foi bastante positivo: 216 pessoas mostraram interesse em fazer o levantamento de forma voluntária em seus municípios!

Neste primeiro ciclo de descentralização e ampliação do ODI nos municípios brasileiros, realizamos uma experiência com um primeiro grupo: Arapiraca/AL, Belo Horizonte/MG, Bonfim/RR, Brasília/DF, Natal/RN, Porto Alegre/RS, Salvador/BA, Teresina/PI, Uberlândia/MG, Vitória/ES. Oferecemos capacitação para os líderes locais, ministrada pela equipe do Open Data Index (FGV/DAPP – OKBR), para que possam realizar o levantamento necessário para a construção do Índice. Em 2018, vamos lançar os resultados e, apresentar os relatórios com oportunidades concretas para os municípios avançarem na pauta da transparência e dos dados abertos.

Lançamos o LIBRE – projeto de microfinanciamento para jornalismo – uma parceria da Open Knowledge Brasil e do Estúdio Fluxo, que contou com desenvolvimento do AppCivico. Trata-se de uma ferramenta de microfinanciamento de conteúdos que pretende aproximar veículos digitais e o público interessado em valorizar e sustentar o jornalismo e conteúdos de qualidade. Atualmente, os portais Gastrolândia, Aos Fatos, o Gênero e Número e o Vá de Bike são alguns dos veículos que estão testando a plataforma nessa fase piloto.

Eventos

Apoiamos eventos do Open Data Day em várias cidades brasileiras; o Hackathon da Saúde, iniciativa da Prefeitura de São Paulo em parceria com SENAI e AppCívico, também teve o nosso apoio; e participamos do Hack In Sampa na Câmara Municipal de São Paulo.

Natália Mazotte, codiretora da OKBR, participou do AbreLatam e da ConDatos, eventos anuais que se tornaram o principal ponto de encontro sobre dados abertos na América Latina e no Caribe. É um momento de diálogo sobre o status e o impacto do tema em toda a região. Participamos também da 7ª edição do Fórum da Internet no Brasil com o workshop “Padrões abertos e acesso à informação: perspectivas e desafios dos dados abertos governamentais”. E com outras organizações, realizamos II Encontro Brasileiro de Governo Aberto.

A Escola de Dados, em parceria com o Google News Lab, organizou a segunda edição da Conferência Brasileira de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais (Coda.Br). Confira o que aconteceu no primeiro dia e no segundo dia de evento.

Fomos uma das organizações parceiras do primeiro Curso de Governo Aberto para lideranças em Clima, Floresta e Agricultura. A iniciativa foi do Imaflora e apoio da Climate and Land Use Alliance (CLUA).

Fomos foco na pesquisa “Fundações de código aberto como inovadoras sociais em economias emergentes: o estudo de caso no Brasil”, do Clément Bert-Erboul, especialista em sociologia econômica, e do professor Nicholas Vonortas.

E vem muito mais em 2018

Queremos te agradecer por acompanhar e participar da OKBR em 2017.

Contamos com você em 2018. Além do nosso planejamento para o ano que vem, temos o desafio e a responsabilidade de contribuir, no período eleitoral, para que o Brasil avance nas agendas de transparência, abertura de dados públicos, participação democrática, integridade e luta contra a corrupção.

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Um 2018 maravilhoso para todos nós!

Time e Conselheiros da Open Knowledge Brasil