Transparência e participação cidadã são condições para o desenvolvimento sustentável

11 fev de 2016, por OKBR

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O acesso à informação pública e participação efetiva dos cidadãos na tomada de decisões e na construção de políticas públicas são, sem dúvida, os primeiros passos para reforçar a ligação entre representantes e representados, e avançar no sentido do desenvolvimento sustentável.

Crédito: opensourceway

Crédito: opensourceway

O termo desenvolvimento sustentável finalmente entrou na pauta da opinião pública. Fala-se sobre as mudanças climáticas, proteção e regeneração do ambiente, energia renovável, reciclagem, mobilidade sustentável, entre outros. Sem dúvida, este é um conceito amplo, em constante construção, ativa e dinâmica. No entanto, pouco se consideram duas questões chaves e estruturais do desenvolvimento sustentável, que são a transparência “radical” e a participação cidadã efetiva.

Transparência radical é um termo utilizado na política, no mundo empresarial e também no desenvolvimento de softwares para descrever ações e abordagens para aumentar radicalmente a abertura dos processos da organização e dos dados. Um bom exemplo de transparência radical aplicada ao poder público é a decisão do Reino Unido, por exemplo, de disponibilizar grandes quantidades de dados públicos em formatos abertos por meio da plataforma web CKAN.

As manifestações em diferentes partes do mundo nos últimos anos mostram claramente o interesse dos cidadãos de aproximar-se da política e de participar de maneira efetiva na construção de soluções e das decisões que são tomadas e afetam diretamente (ou indiretamente) o curso do desenvolvimento, sua vida e seu futuro.

Este novo tipo de comportamento, intimamente relacionado com uma sociedade em rede, mais conectada, graças às tecnologias e ferramentas do século XXI habilitadas pela internet, está mostrando o surgimento de um novo ecossistema de participação e de incidência política. Em todo o mundo, busca-se alternativas às tradicionais – e em grande parte desgastadas – ferramentas de participação.

A promoção e implementação destes processos pode significar uma melhoria significativa no avanço dos mecanismos democráticos, de controle social, consulta à cidadania e construção de um diálogo social mais amplo, aberto e forte. O principal resultado é a construção de uma nova forma de dialogar e tomar decisões como sociedade.

Este último, sem dúvida, é o principal desafio do século para construir uma sociedade mais ética, justa e sustentável.

* texto originalmente publicado no Medium. Tradução: Isis Reis.