Um breve resumo da AbreLatam 2019

16 set de 2019, por OKBR

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A Open Knowledge Brasil esteve na AbreLatam 2019 por meio de Camille Moura, nossa coordenadora de pesquisa, que participou do evento em Quito (Equador) e voltou com um breve resumo para a gente.

A desconferência*, que teve o seu começo no dia 28/09 foi, de acordo com Camille, uma maratona de três dias intensos de discussões de desafios relacionados a governo, sociedade civil, academia e, principalmente, articulações e estratégias para melhorarmos o uso e a abertura de dados na América Latina.

Na primeira rodada de sessões, faltou tempo para levantar tantas as questões referentes à Inteligência Artificial: dados pessoais, decisões algorítmicas, atração de profissionais de tecnologia para o setor público. O Brasil foi citado como um dos poucos países da América Latina que está implementando algumas políticas públicas com IA.

Na segunda rodada, o foco foi a discussão sobre direitos digitais que destacou a urgência de trazer para a mesma mesa os grupos de defesa de direitos digitais e os de governo aberto. Outro ponto enfatizado foi a necessidade de criar articulações institucionais LATAM sobre direitos na rede.

Na sessão sobre dados pessoais, a maior preocupação girou em torno da ausência de leis de proteção de dados, que é uma realidade na maior parte da América Latina. A falta de uma norma compromete tanto a transparência da relação público-privada que trata dados, quanto de abertura de bases públicas que incluam dados pessoais. O primeiro dia foi encerrado com uma discussão sobre dados e combate à corrupção: surgiram questões como padronização de estruturas de dados para facilitar uso de tecnologias tais quais IA, adoção de open contracting e jornalismo de dados para construir narrativas claras e que eduquem e promovam o engajamento da sociedade.

  • Desconferências são fóruns auto-organizados para troca de ideias, networking, aprendizado, conversação, demonstração e interação entre pessoas (fonte: Wikipédia).